Contínua realidade que me sorves os dias
Como hei-de responder-te
Se vives incluída nos meus olhos abertos
Nas ávidas e frias pedras incertas
Vida
Prisioneira do espelho que embacias
De cada vez que a turva suicida
Torna ao morrer visíveis
As formas com que comes os meus dias.
(Gastão Cruz)
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