Malvada sede a do guerreiro insaciável do sangue
Sangue preto igual ao branco mais branco mais branco
Insuportável arma que se vende se vende e trespassa
A fronteira da razão o corpo indivisível da liberdade
Ninguém pede misericórdia ou uma palavra de consolo
Tudo se limita ao construir de novos impérios
Ali não há tempo de fugir tudo é o fim e o princípio
Caminho cruel que termina sempre numa cova
No impacto de uma bala ou duma bandeira
Ao longe longe muito longe e agasalhados
Gigantes vermelhos vermelhos vermelhos que nunca mais acabam
Esfregam as mãos de contentes até arderem de gozo
Mais abaixo no despir do seu calor e da dúvida
Outro fogo consome irmãos devora esperanças
Faz morrer a luz nos olhos das crianças.
Sangue preto igual ao branco mais branco mais branco
Insuportável arma que se vende se vende e trespassa
A fronteira da razão o corpo indivisível da liberdade
Ninguém pede misericórdia ou uma palavra de consolo
Tudo se limita ao construir de novos impérios
Ali não há tempo de fugir tudo é o fim e o princípio
Caminho cruel que termina sempre numa cova
No impacto de uma bala ou duma bandeira
Ao longe longe muito longe e agasalhados
Gigantes vermelhos vermelhos vermelhos que nunca mais acabam
Esfregam as mãos de contentes até arderem de gozo
Mais abaixo no despir do seu calor e da dúvida
Outro fogo consome irmãos devora esperanças
Faz morrer a luz nos olhos das crianças.
(José António Gonçalves)
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