
Risco a lousa com o giz
(ponho de lado o cinzel)
e desenho por um triz
a raiz deste papel
que foi árvore frondosa,
talvez até castanheiro,
com ouriços como rosas
cheias de cor e de cheiro
E pego então no papel,
mais branco do que a brancura,
e pinto em tons de pastel
a tua imensa ternura:
vê a luz, a sombra, o sema
de uma aguarela sem tema
***
(Domingos da Mota)
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