
É algo que sai de dentro
Que resume tudo à volta de um centro
É tempo fora do tempo
Rebento que se mostra ao relento
Tentando nascer e crescer do chão
É mandar-te uma carta em branco
Para que te escrevas nela
E ma devolvas com o teu perfume
É ouvir um reflexo
Do teu e do meu sexo
Escrito sem complexos
Em trovas sem nexo
É chegar um dia perto do mar cristalino
Todo nu e transparente
E mergulhar todo ágil menino
Atrás de um cardume de beijos
Que se vira de trás para a frente
Tão rápido como de repente
É fazer-me rápido e silente
Forte esguio e serpente
Ou outra coisa qualquer
Para te poder apanhar
E no fim deixar-te seres tu a vir
É um completo estado de consciência
Que resiste a "comos" e porquês
Para encavalitar um fazer sem ciência
No meu porque sim sem o teu porque não
***
(Valdevinoxis)
Sem comentários:
Enviar um comentário