Estar em ti e simplesmente ser e sentir...
É fechar os olhos e sonhar um sonho,
que não quero que acabe nunca...
É inalar o doce aroma que acaricia os nossos momentos...
É escutar um hino que escrevemos juntos,
Em nós, no nosso silêncio...
É viajar por entre o universo,
Onde se perde o infinito.
É subir ao céu e tocar as estrelas...
É deixar-me envolver pelas suas asas,
Sabendo que na sua plumagem se esconde uma espada...
É acreditar na voz que pode quebrar os meus sonhos,
Como o vento do Inverno que sacode os jardins...
É sentir-me árvore cujo sol acaricia os meus frágeis ramos,
Como também abana e sacode as minhas raízes de apego à terra...
É ser crivado pelas mãos do artesão,
Com a subtileza de quem separa o trigo do joio....
É ser moído e triturado,
até ao mais puro e singelo branco...
É ser amassado e ficar maleável,
Pronto para crescer no teu fogo...
É percorrer o caminho da Vida...
Onde posso rir todos os meus risos,
Onde posso chorar todas as minhas lágrimas...
Assim é o Amor.
O amor que se alimenta de si próprio,
O amor cujo rio não deve ser guiado...
É conhecer a dor da excessiva ternura,
É sangrar feliz.
É acordar preenchido e agradecer mais um dia,
É repousar a meio do dia e ser invadido pelo pensamento
Estival de uma tarde de Outono.
É regressar a casa no corolário das emoções,
Adormecer enroscado num beijo teu...
Se assim é o Amor,
Então descobri em ti o caminho da minha vida,
O caminho do meu conhecimento.
Elevo a minha voz aos céus,
E com a força da imensidão do mar,
Mas com a fragilidade e ternura da sua espuma,
Digo-te...
Amo-te, luz de minh’alma...
Amo-te, pedaço de mim...
(Catherine*)
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