
A polpa fresca, lâmina rápida que se crispa e salta viva.
E o dia baço, longo, ao fim do corpo: uma parede morta.
A cada passo, a pequena crista límpida, braço que flui
através das árvores, quase ao longo do céu.
Punho breve, inundado, que escreve o sabor nos dentes
do muro já surdo e frio na noite.
***
(António Ramos Rosa)
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