segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

...


Acima de tudo
deste-me dias mais claros
de uma poesia diferente.
Recordo ainda
o sabor de uma lágrima tua
ainda quente, antes do cais,
e enraivece-me o meu constante
talvez, quem sabe...nunca mais!

Percorro lugares onde fui algo
já que não te percorro a ti
pelos trilhos que me abriste
e depois tapaste.
Que importa afinal?
As sebes em redor,
feitas de uma sempre serena razão,
eram sempre tão altas.
E eu sem as conseguir saltar.

Resta-me o papel e a caneta,
os acordares obcecados pela noite fora,
o sorriso do "Noodles",
a flauta e o ver-te,
o ter-te perto, que demora.
(José Tormes)

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