
Acima de tudo 
deste-me dias mais claros 
de uma poesia diferente. 
Recordo ainda 
o sabor de uma lágrima tua 
ainda quente, antes do cais, 
e enraivece-me o meu constante 
talvez, quem sabe...nunca mais!
Percorro lugares onde fui algo
já que não te percorro a ti
pelos trilhos que me abriste 
e depois tapaste. 
Que importa afinal? 
As sebes em redor, 
feitas de uma sempre serena razão, 
eram sempre tão altas. 
E eu sem as conseguir saltar.
Resta-me o papel e a caneta,
os acordares obcecados pela noite fora, 
o sorriso do "Noodles", 
a flauta e o ver-te, 
o ter-te perto, que demora.
(José Tormes)
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