segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Volúpia


Deitado em areias mornas
Meus olhos se cerram e onde viam
Nuvens andejas do norte para o sul
E volutas de gaivotas brancas
em cirandas pelo céu azul
Vêem agora o teu corpo dourado
beijado pelo mesmo sol que me beija
Ao pensar assim meu corpo treme
Varado por flechas de volúpia
E enlouquecido ele se espreme
Me imagino nu para que o sol colibri
Sugue de mim o néctar mais doce,
O mais intenso e ardente
E deposite entre pétalas róseas,
Abertas do teu corpo no cio
E eu repouse em águas quentes.
***
(António Miranda Fernandes)

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