sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Dilúvio de chamas



Desejo-te única como
a palavra:
fogo que um verso procura
deter:
nas mãos a água ilude
a boca e a sede pede mais:
nos lábios a pérola cai
do orvalho todas as manhãs: a pétala
o corpo adorna o poema
veemente:
dilúvio de chamas
prestes a barca
urgente do azul desmedido
***
(David Rodrigues)

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