sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A solidão da noite


A solidão da noite
toca violoncelos no meu peito.
O corpo recebe o rumor
de uma concha do mar.

Beijo as grinaldas
que derramas no meu rosto.
As palavras misturam-se
em lamentos desfolhados.

Consagro à madrugada
as cinzas dos pecados que pressinto.
Não há dúvidas que o amor
é uma sensação contraditória.

***
(Cláudio Cordeiro)

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