quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Soneto das memórias vividas


Lembro-me como se fosse hoje
Do dia em que te conheci
Palmas suadas e aperto no peito
Sabia que eras tu para mim

E hoje, passados estes anos
Já não somos uma rea­li­dade os dois
As memórias ficaram espa­lha­das pelo caminho
Como a vontade, a paixão e o depois

E porque a vontade não chega
A saudade aperta e o peito contrai-se em assombro
Das memórias vividas e daquelas que ficaram por viver

E porque a memória também nos atraiçoa
A tal saudade que aperta nem sempre é a que o coração desperta
Porque as memórias vividas afinal ficaram por viver
***
(Ricardo Vercesi)

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