Se às vezes digo que as flores sorriem
E se eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa séria, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
(Alberto Caeiro)
2 comentários:
Nao é por acaso que gosto de si porque nao é por acaso que se gosta de alguem como você :o)**
Obrigada pela visita, pelas palavras e pelo carinho.
Sabe que também gosto de si (e também não é por acaso.
:-)
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