sábado, 1 de maio de 2010

diz-me


diz-me. que não é de hoje. esse arrepio. diante do fogo proibido.
essa vontade. de sentir o abismo. abrir comportas ao desejo.
e uma bungavília a roçar-te os lábios.
diz-me. que há dentro de ti. uma paisagem incompleta.
uma cidade aprisionada à rotina. ou uma guarita de passáros. cercada.
queres o trigo. o pão. o amor ou a poesia.
nessa infância. que reluz. no teu olhar.
***
(Alberto Serra)

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