Aqui está minha vida - esta areia tão clara
com desenhos de andar dedicados ao vento.
Aqui está minha voz - esta concha vazia,
sombra de som curtindo o seu próprio lamento.
Aqui está minha dor - este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança - este mar solitário,
que de um lado era amor e, do outro, esquecimento.
***
(Cecília Meireles)
4 comentários:
...que lindo este poema da Cecília, eu não o conhecia... e olha que eu gosto tanto das coisas do mar...=)
Um abraço no coração!
Que belas páginas que encontrei...
Tão delicadas e perfumadas por estas flores aqui espalhadas.
Adorei!
Abraços
Ainda bem que ficou a conhecer e gostou, Drika.
Obrigada pela sua visita e pelas suas palavras.
:-)
Obrigada, Malu.
Dizer que "sentiu" o aroma é o melhor incentivo que poderia dar-me para continuar a espalhá-lo por aqui, graças às palavras lindíssimas que outros escrevem.
E se adorou, melhor ainda.
Volte sempre.
:-)
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