Olho a sua boca.
Tanto que vem o punhal da luz
levar-me os olhos.
O carvão, a cinza dos
meus olhos.Os seus.
A sua boca,o sulco
onde me pergunta e eu
respondo. A morrer,
a olhar anavalhado
o seu brilho bravio.
Sons de sirenes, uivos,
estrondos, desabamentos,
ravinas donde rompe
o amor.
Tanto que vem o punhal da luz
levar-me os olhos.
O carvão, a cinza dos
meus olhos.Os seus.
A sua boca,o sulco
onde me pergunta e eu
respondo. A morrer,
a olhar anavalhado
o seu brilho bravio.
Sons de sirenes, uivos,
estrondos, desabamentos,
ravinas donde rompe
o amor.
A sua boca.
***
(Joaquim Manuel Magalhães)
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