terça-feira, 15 de março de 2011

No meio o mundo


Com medo de o perder nomeio o mundo
Seus quantos e qualidades, seus objectos
E assim durmo sonoro no profundo
Poço de astros anónimos e quietos
*
Nomeei as coisas e fiquei contente
Prendi a frase ao texto do universo
Quem escuta ao meu peito ainda lá sente
Em cada pausa e pulsação, um verso.
***
(Vitorino Nemésio)

Sem comentários: