domingo, 14 de setembro de 2008

Amor é...


Estar em ti e simplesmente ser e sentir...
É fechar os olhos e sonhar um sonho,
que não quero que acabe nunca...
É inalar o doce aroma que acaricia os nossos momentos...
É escutar um hino que escrevemos juntos,
Em nós, no nosso silêncio...
É viajar por entre o universo,

Onde se perde o infinito.
É subir ao céu e tocar as estrelas...
É deixar-me envolver pelas suas asas,

Sabendo que na sua plumagem se esconde uma espada...
É acreditar na voz que pode quebrar os meus sonhos,

Como o vento do Inverno que sacode os jardins...
É sentir-me árvore cujo sol acaricia os meus frágeis ramos,

Como também abana e sacode as minhas raízes de apego à terra...
É ser crivado pelas mãos do artesão,

Com a subtileza de quem separa o trigo do joio....
É ser moído e triturado,

até ao mais puro e singelo branco...
É ser amassado e ficar maleável,

Pronto para crescer no teu fogo...
É percorrer o caminho da Vida...

Onde posso rir todos os meus risos,
Onde posso chorar todas as minhas lágrimas...
Assim é o Amor.

O amor que se alimenta de si próprio,
O amor cujo rio não deve ser guiado...
É conhecer a dor da excessiva ternura,

É sangrar feliz.
É acordar preenchido e agradecer mais um dia,

É repousar a meio do dia e ser invadido pelo pensamento
Estival de uma tarde de Outono.
É regressar a casa no corolário das emoções,

Adormecer enroscado num beijo teu...
Se assim é o Amor,

Então descobri em ti o caminho da minha vida,
O caminho do meu conhecimento.
Elevo a minha voz aos céus,

E com a força da imensidão do mar,
Mas com a fragilidade e ternura da sua espuma,

Digo-te...
Amo-te, luz de minh’alma...
Amo-te, pedaço de mim...
(Catherine*)

Sem comentários: