domingo, 26 de abril de 2009

Doçura do Silêncio


O céu escureceu e a chuva veio rápida
Fez pessoas correrem pisando poças d’água
Com passos desencontrados

Hipnotizou sob as marquises toda gente
E os olhares se tornaram distantes
Perdidos em quietudes e coisas do coração

Do lado de dentro de uma das janelas
Uma moça olhava o embaçado do vidro
Com a ponta do dedo e riscos de inundação

Inventou a imagem de um namorado
Desejou que ele permanecesse
Ficou imóvel como esperasse um beijo
Para não acordar a doçura do silêncio
***
(Antonio Miranda Fernandes)

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