terça-feira, 27 de julho de 2010

Aguardo


como dói! como magoa o peito, este ânsia de respirar todo o ar.
inspiro lenta e profundamente.
alcança-me a brisa soprada dos teus poros. sufoco em ti quando os teus olhos param nos meus. aguardo a chegada da tua boca, dos teus lábios que pingam de desejo, perdidos como nau que não busca rumo.
os teus gestos são os que me despem.
e pedem aos meus que ousem imitá-los.
***
(Luísa Azevedo)

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