À minha porta bateram
e em silêncio fui espreitar
era um rosto que sorria
com olhos de cativar
Deixei-a entrar de mansinho
para com ela conversar
estava triste nesse dia
só me queria consolar
Quando a mandei embora
ela disse: - Vou voltar!
percebi tarde demais
que vinha sem a chamar
Ficou para sempre comigo
como uma sombra no ar
tinha encontrado um abrigo
para em mim, descansar
A porta que fui abrir
foi a do meu coração
era um rosto a sorrir
no corpo da solidão
***
(Mar)
Sem comentários:
Enviar um comentário