Faça-se luz
neste mundo profano
que é o meu gabinete
de trabalho:
uma despensa.
neste mundo profano
que é o meu gabinete
de trabalho:
uma despensa.
*
As outras dividiam-se
por sótãos,
eu movo-me em despensa
com presunto e arroz,
livros e detergentes.
As outras dividiam-se
por sótãos,
eu movo-me em despensa
com presunto e arroz,
livros e detergentes.
*
Que a luz penetre
no meu sótão
mental
do espaço curto
Que a luz penetre
no meu sótão
mental
do espaço curto
*
E as folhas de papel
que embalo docemente
transformem o presunto
em carruagem.
E as folhas de papel
que embalo docemente
transformem o presunto
em carruagem.
***
(Ana Luísa Amaral)
2 comentários:
este poema - em conjunto com o da natália correia - faz uma bela dupla... e não foi ela que disse uma vez "a poesia é para comer"?
Eu alimento-me dela, isso é verdade.
Portanto, Natália Correia estava certíssima quando disse isso.
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