segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tenho na mão a rosa


Tenho na mão a rosa
Recebida como prova
De um amor do passado.
O tempo tirou-lhe o frescor,
As pétalas foram murchando
Depois que o amor terminou.
E para cada pétala que cai
Por entre os dedos da mão,
Rola-me dos olhos uma lágrima
Chuva que vem de minh’alma,
Para que ela reviva tão rubra
Como o fogo da antiga paixão.
Que seu perfume seja o sinal
Da volta do ausente
Depois de apagadas as marcas
Da hora da despedida.

***

(Maria Hilda de J. Alão)

4 comentários:

josé luís disse...

era bom, não era?
se por cada lágrima vertida renascesse a rosa murcha de cada amor passado, havia muito mais amor eterno...

Cristiana disse...

Deve haver pessoas que teriam rosas suficientes para um lindo bouquet.. :-)

josé luís disse...

... e outras até poderiam abrir um negócio de florista! ;-)

Cristiana disse...

Essa ideia já me agrada! :-)
Um negócio de flores seria uma mistura de cheiros e cores bem interessante (e uns euros lá pelo meio...rsrs)