
Amor, vivo tão só, nesta tristeza, 
onde minh'alma se desfaz em pranto, 
longe do teu olhar cheio de encanto, 
em que fiquei eternamente presa. 
* 
Tão longe ando de ti,
Tão longe ando de ti,
numa incerteza de ter-te, minha vida! 
E entretanto, vai crescendo este amor, 
mas tanto e tanto, em místico fervor como quem reza!... 
*
Ando faminta, cheia de desejo dessas carícias
Ando faminta, cheia de desejo dessas carícias
tão de mim ausentes, 
que me enlouquecem, e que em ti prevejo...
*
*
E morro na paixão que mal pressentes, 
e perdem-se pelo ar cheios de pejo 
os beijos que te dou e tu não sentes... 
***
(Helena Verdugo Afonso)
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