quinta-feira, 1 de abril de 2010

Escrevo-te onde a luz é feita de papoilas


Clareiras onde pássaros
piam ecos coagulados

Memórias transpiradas,
em vozes que desaguam no teu silêncio,
e o teu corpo forma-se no ar,
tecido de nuvens.

sinto-te nas frágeis linhas
da tua ausência

Sou margem do rio onde a tua poeira
se mistura com a fúria das sílabas.

Descubro o teu rosto e escrevo o teu nome
nas folhagens das nuvens
onde os corpos são
formas de vento
***
(Maria Sousa)

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