Mas é assim o poema:
construído devagar,
palavra a palavra,
palavra a palavra,
e mesmo verso a verso,
até ao fim.
até ao fim.
O que não sei é como acabá-lo;
ou, até, se o poema quer acabar.
Então, peço-te ajuda:
puxo o teu corpo
para o meio dele,
puxo o teu corpo
para o meio dele,
deito-o na cama da estrofe,
dispo-o de frases
e de adjectivos até te ver,
tu,
o mais nu dos pronomes.
e de adjectivos até te ver,
tu,
o mais nu dos pronomes.
Ficamos assim.
Para trás,
palavras e versos,
e tudo o que
não é preciso dizer:
eu e tu,
e tudo o que
não é preciso dizer:
eu e tu,
chamando o amor
para que o poema acabe.
***
para que o poema acabe.
***
(Nuno Júdice)
4 comentários:
e "prontos", ainda o ano vai com meia dúzia de dias e já me está de novo a "roubar" poemas! é preciso ter "lata"! mas não há quem tenha mão nisto?
(agora a sério, este vou "roubá-lo" outra vez... e um óptimo dois mil e dez para si!)
Eu sou assim, José Luís, se é para roubar, então roubo logo, não perco tempo...rsrs.
Mas "prontos", agora rouba você.
(Faz lembrar aquela música do "ora agora viras tu, ora agora viro eu", mas substituíndo o virar por roubar)
:-)
roubado e publicado!
;-)
Ah, então também não dorme em serviço!
:-)
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