Quando se quer
da distância fazer
perto
*
Quando se inventa
do outro
a melhor parte
*
Quando se toma a lonjura
e por certo se tem do incerto
aquilo que não sabe
*
Quando se inventa na espera
o que adivinha
ser pelo excesso a linha do baraço
*
Quando a ausência vacila
no silêncio e traz de volta
o fogo no regaço
***
(Maria Teresa Horta)
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