sábado, 12 de abril de 2008

Falavam-me de Amor


Quando um ramo de doze badaladas
Se espalhava nos móveis e tu vinhas
Solstício de mel pelas escadas
De um sentimento com nozes e com pinhas,
Menino eras de lenha e crepitavas
Porque do fogo o nome antigo tinhas
E em sua eternidade colocavaso
O que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
De trezentos e muitos lerdos dias
E eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
E no manso natal que te conserta
Só tu ficaste a ti acostumado.
(Natália Correia)

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