sábado, 9 de abril de 2011

Não fugir. Suster o peso da hora

Não fugir. Suster o peso da hora

Sem palavras minhas e sem os sonhos,

Fáceis, e sem as outras falsidades.

Numa espécie de morte mais terrível

Ser de mim despojado,

ser abandonado aos pés como um vestido.

Sem pressa atravessar a asfixia.

Não vergar. Suster o peso da hora

Até soltar sua canção intacta.

***

(Cristovam Pavia)

1 comentário:

OceanoAzul.Sonhos disse...

A força do ser.
tenha um bom fim de semana.
bj
oa.s