segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O pássaro de bico amarelo...


Abri a janela azul, aquela janela que dá para ver o mundo inteiro.
Tu sabes qual é...
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Abri aquela janela ali mesmo ao fundo, na sala onde está o sofá velhinho, moldado pelo peso dos nossos corpos.
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Abri a janela azul e entrou de rompante um estranho pássaro azul, de bico amarelo...
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Entregou-me um livro de capa creme.
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Falava de campos azuis, névoas matinais, maresias coloridas.
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Falava de sóis de dióspiro caindo de mansinho na linha do horizonte.
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Já não sei se o pássaro de bico amarelo se enganou ao entrar na minha janela azul.
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Afinal também se enganam no voo os pássaros!
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Porque, o pássaro de bico amarelo não trazia a indicação do remetente, nem aviso de recepção!
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Seria um pássaro verde?...
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Seria mesmo um pássaro de bico amarelo?
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Mas não era madrugada.
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E o sol de dióspiro estava lá... poisado no horizonte...
da minha janela azul.
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(Arroba)
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(Com um enorme agradecimento à autora pela amabilidade e simpatia com que atendeu o meu pedido para usar as suas lindas palavras e assim me ajudar a "florir" este jardim de poesia)

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