A luz que dá o teu rosto
É a luz da madrugada,
Mas vi-a quase ao sol posto
De uma vida amargurada…
Tão tarde vi o teu rosto!
*
Oh! Se na manhã da vida
Me raia logo essa aurora,
Quando folha e flor caída
me embelezara inda agora
O triste arbusto da vida!
*
Mas andei sempre às escuras…
Por onde nem se lobriga
Luz de estrelas nas alturas,
Quanto mais em face amiga…
Eu andei sempre às escuras!
*
E agora vendo a beleza
Dessa luz que me alumia,
Não sei se minha tristeza
É mais do que a minha alegria…
Vendo agora essa beleza!
***
(João de Deus)
1 comentário:
uM VERSEJAR MAGISTRAL, PARABÉNS SEMPRE POEATA.
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