Somos duas chamas ardentes,
somos duas estrelas cadentes.
Somos como cão e gato,
como um ser inadaptado
com vontade de viver
e condenados a amar.
A mão torturada por um olhar
um lírio e uma margarida amando-se,
sem deixar de abrir a cúpula de uma ferida
sentida e de vida sofrida.
No entanto, a sereia canta como lira de Orfeu
para aliviar a alma do seu amor ateu...
***
(Tília Ramos)
Sem comentários:
Enviar um comentário